Graça e Paz,
Dia 26 de setembro em Israel é celebrado Yom Kippur - O Dia do perdão.
Compartilho com vocês uma palavra sobre o Yom Kippur.
Hoje
os céus estão abertos, no Reino do Espírito as portas estão favoráveis,
Coloque-se diante do Senhor, peça perdão pela sua vida, coloque-se na
brecha pela sua família, clamando que o Sangue de JEsus venha ser
derramada sobre suas vidas . Que o Senhor venha gerar arrependimento no
coração deles para que a Salvação, a restauração, a Restituição seja
manifestada na nossa família.
Que os maridos voltem o coração
para suas esposas, os filhos voltem o coração para seus pais, e que
todos nós voltemos os olhos e o coração para o Senhor.
Eu creio Deus está com os olhos voltados para nós neste grande dia.
Yom Kipur (Dia do perdão)
Nesta época (início do outono – Israel ou
primavera – Brasil), os judeus do mundo comemoram a seqüência de festas
típicas da estação de outono: o Rosh Hashaná (também conhecido como
festa das trombetas), os 10 dias de Arrependimento (cujo último dia é
conhecido como Yom Kipur, o dia do Perdão) e a Festa dos Tabernáculos ou
festa da colheita (Sucôt).
Qual é a origem desses dez dias de arrependimento?
Em Levítico 23:24, encontramos uma ordem: “…No sétimo mês, ao
primeiro dia do mês, tereis descanso solene, um memorial ao som da
trombeta, uma santa convocação” . Após o exílio Babilônico, este dia do
“soar da trombeta” tornou-se conhecido como Rosh Hashaná, o Ano Novo
Judaico. Na Torá, tudo o que conhecemos é que é um dia de “fazer tocar
as trombetas”. No livro de Salmos, encontramos referências interessantes
(Salmo 81.3) “Tocai a trombeta na lua nova, na lua cheia, no dia da
nossa festa”. Nesse Salmo encontramos o tocar da trombeta (Shofar, que é
um chifre de carneiro) na lua nova, que é a primeira do mês, é também
chamada “o dia de nossa festa”. O Salmo 81 traz à luz um outro aspecto
tradicional dessa festa. De acordo com a tradição desse dia, Rosh
Hashaná, que é o primeiro dia do sétimo mês, é também um dia que
coroamos D-us como Rei de nossas vidas e da vida da nação. Entre o Rosh
Hashaná, que é o primeiro dia do sétimo mês, e o dia da expiação (Yom
Kipur), que é o décimo dia do sétimo mês, há um período de dez dias
separados para o arrependimento e perdão dos pecados de Israel. Esses
dez dias são como um período especial onde as pessoas se tornam mais
cerimoniais e contemplativas acerca de seus pecados, num nível
coletivo-nacional. D-us concedeu um dia para expiação dos pecados da
nação. O bode expiatório que era enviado ao deserto era uma prefiguração
do trabalho de Yeshua (Jesus) o Messias, que morreu na cruz pelos
pecados do mundo inteiro. Por causa da solenidade que traz esse dia,
tornou-se tradição tomar dez dias entre os dois dias santos para
contemplação e arrependimento.
Os judeus, de modo geral, levantam bem cedo, antes do nascer do sol, e
recitam orações e cânticos de arrependimento que expressam a profunda
tristeza que cada indivíduo e toda coletividade tem pela fraqueza e
pelos pecados que eles cometeram.
Não há nenhuma outra nação que gaste dez dias meditando acerca da expiação e perdão dos pecados como a nação de Israel.
No dia da expiação quase todo Israel e a comunidade judaica ao redor
do mundo jejua. Ninguém come ou bebe, por um período de 24 (vinte e
quatro) horas. Cada pessoa, que não esteja doente ou grávida, ou seja
maior de doze anos jejua, abstém-se de comida e bebida por 24 (vinte e
quatro) horas, isto aumenta a seriedade do dia no qual você contempla
seus pecados e fraquezas. Os cultos nas Sinagogas geralmente acontecem
na noite anterior, normalmente pela manhã bem cedo, e o último às 18:30
deste dia. Muitas pessoas permanecem na Sinagoga por 10 (dez) horas,
para orar e suplicar a Deus pelo perdão do pecados.
A consciência do pecado do Rabino Shaul (Paulo) está provavelmente
influenciada pelas orações do dia da expiação. Passagens como Romanos
7:24 “Desventurado homem que sou? Quem me livrará do corpo desta
morte?”, podem estar influenciados pelas confissões do dia da expiação,
que repetidamente enfatizam a fraqueza e a vulnerabilidade do homem.
Há um interessante comentário feito por Ibn Ezra, um comentarista
bíblico judeu medieval, a respeito de Levítico 16.9-10. Ibn Ezra fixa
seu comentário em Levítico 16.9: “Se você deseja conhecer o mistério do
bode expiatório deve conhecer primeiro quem morreu na idade de 33
(trinta e três)…”. Não foi ele quem elaborou este ponto. Um comentarista
posterior, um dos mais famosos Rabinos Judeus da era de ouro, do exílio
espanhol, rabino Moshê Ben-Nachman, afirma neste verso: “Eu digo que o
Rabino Abraham Ibn Ezra quis dizer, “a idade de 33…”: Esaú e o Reino de
Edom”. Na terminologia judaica medieval, Esaú é Yeshua, e o Reino de
Edom é o Império Romano. Assim, o Rabino Moshê identifica a pessoa de
quem o Rabino Ibn Ezra estava falando como sendo Yeshua. Yeshua é o bode
expiatório que leva os pecados de Israel sobre si no dia da expiação. É
interessante ver rabinos que identificam o bode expiatório como Yeshua e
ainda não acreditam n’Ele. A razão pela qual esses rabinos são capazes
disso é porque eles viviam sobre a impressão errada que cristianismo é
para gentios e não para Judeus.
A política da igreja católica em relação ao povo judeu apenas
reforçou essa idéia errada. Yeshua, (Jesus) veio em primeiro lugar para o
povo de Israel. Os cristãos têm a responsabilidade de orar pelas boas
novas para o povo judeu, se não por outra razão, pelo fato de que eles
receberam as boas novas dos judeus.
Qual é a aplicação disso tudo para os seguidores de Yeshua o Messias?
“Consciência de pecado” é talvez o tema mais pregado nos púlpitos das
igrejas ocidentais. Arrependimento é certamente o maior princípio de
todas as religiões bíblicas. Os cristãos freqüentemente pensam que são
proprietários de confissões e arrependimentos, por fé e graça.
A verdade é que tanto no judaísmo quanto no islamismo, há sustentação
de uma forte crença para o arrependimento. Há coisas que podemos
aprender do judaísmo nos 10 dias de arrependimento.
1- Estabelecer um tempo para meditar acerca de seu “status” com Deus,
sua necessidade de arrependimento e deixar que este tempo seja oportuno
para se fazer um esforço concentrado.
2- Durante esse tempo separado para arrependimento, você deve
levantar-se bem cedo e começar seus dias com uma confissão de pecados.
3- Há itens que exigem um arrependimento coletivo e,
conseqüentemente, devem envolver toda comunidade no processo de
arrependimento.
4- Embora o arrependimento seja de responsabilidade individual, é
importante que as pessoas façam isto juntas, estabelecendo um tempo
especial para isso.
Há algumas pessoas que desprezam essa idéia e dizem que devemos nos
arrepender diariamente e instantaneamente quando nos surpreendemos em
pecado. Mas, a verdade é que há muitos pecados que cometemos
inadvertidamente e, sem ter consciência deles. Nós precisamos gastar
tempo em nos concentrar como a comunidade judaica faz nos dez dias de
arrependimento.
Para o povo Judeu que não acredita em Yeshua, o processo de
arrependimento é complicado pelo fato de que há muitos textos bíblicos
que eles lêem durante os cultos do dia da expiação, que mencionam a
necessidade de sangue e sacrifício para a expiação. Aqueles que
acreditam em Yeshua, o Messias, sabem que o sangue de bodes e touros não
mais corre no altar para expiar os pecados de Israel, mas o sangue
derramado por Yeshua por nossas transgressões está ainda disponível para
expiar e perdoar e redimir os judeus de seus pecados. Minha oração
neste ano é que durante estes dez dias de arrependimento o Senhor
revelará para eles que já proveu o cordeiro para expiação dos pecados.
Por outro lado, minha oração é também para que a igreja gaste tempo e
avalie seus erros e pecados coletivos e individuais cometidos, e gaste
mais tempo re-aplicando o sangue de Yeshua, que está ainda fresco e não
seco, capaz de perdoar os pecados da humanidade.
EU SOU UMA MULHER AMADA, ACEITA, VALORIZADA, UNGIDA, INTELIGENTE
ABENÇOADA, CONTROLADA, MÃE, COMPANHEIRA, ALEGRE, AMIGA, SÁBIA E VITORIOSA EM TODAS AS ÁREAS DA MINHA VIDA.